A busca da Felicidade - Epicuro

Epicuro nasceu na ilha grega de Samos, na costa da atual Turquia, em 341 a.C. Aos 35 anos de idade, em 306 a.C., fundou sua escola de Filosofia, a qual foi chamada de “O Jardim”, onde lecionou até sua morte, em 271 a.C. Seu pensamento foi muito difundido e numerosos centros epicuristas se desenvolveram na Jônia, no Egito e, a partir do século I, em Roma, onde Lucrécio foi seu maior divulgador. Porém, seus livros se perderam com o passar dos tempos e por isso suas idéias não chegaram completas aos nossos dias.

No que diz respeito à felicidade, Epicuro defendia que todos devem buscar um meio de ser feliz e não se culpar por desejar uma vida prazerosa e divertida, pois a finalidade da vida é ser feliz. O problema, para ele, é que as pessoas procuram a felicidade nos lugares errados, a maioria pensa, por exemplo, que a prosperidade financeira, na medida em que possibilita comprar o que se deseja, pode trazer a felicidade. Entretanto, deve-se refletir: “Será que o dinheiro resolve tudo?”. Epicuro buscava uma vida feliz, gostava de sexo, de riso e de beleza, mas dedicava-se a mostrar que a felicidade não poderia ser comprada, mas sim buscada, e a Filosofia ajudaria nessa busca. Essa sua teoria chocava seus contemporâneos e se tornou sinônimo de uma vida indolente. Até hoje, amantes da luxúria e da boa mesa, às vezes, são chamados de epicuristas, o que é uma concepção equivocada. Pois, embora entendesse que o prazer era a coisa mais importante da vida, Epicuro vivia de forma simples, sua casa era modesta, ele bebia água em vez de vinho, tinha poucas roupas, achava o peixe caro e sua dieta era à base de pão, vegetais e azeitonas.
A Filosofia epicurista da felicidade é bem simples: As pessoas não sabem bem o que as faz felizes, muitas vezes se sentem atraídas por bens materiais, na crença de que eles trarão felicidade, mas, quase sempre, não trazem. As pessoas, geralmente, não desejam aquilo que realmente precisam e a prova maior disso é o comportamento consumista. Epicuro achava que algumas pessoas compram demais porque não entendem suas necessidades e acabam gerando desejos substitutivos, quase sempre ligados ao consumo.

Porém, ele dizia que descobrira as necessidades verdadeiras das pessoas e que os ingredientes da felicidade não custam caro, são eles:
1 – Amigos: Para se ter uma idéia, ao retornar para Atenas, em 306 a.C., Epicuro comprou um casarão, onde fundou sua escola de Filosofia, e chamou alguns amigos para morarem com ele. Ele realmente acreditava que amigos trazem felicidade, porém, pensava que não bastava encontrá-los de vez em quando para tomar um drinque, por exemplo, ou apenas telefonar para eles, mas dever-se-ia estar permanentemente com eles. Epicuro dizia: “Antes de comer ou beber qualquer coisa, pense em companhia de quem você vai fazer isso, mais do que no que você vai comer ou beber. Alimentar-se sem um amigo é para leões ou lobos.”
1 – Amigos: Para se ter uma idéia, ao retornar para Atenas, em 306 a.C., Epicuro comprou um casarão, onde fundou sua escola de Filosofia, e chamou alguns amigos para morarem com ele. Ele realmente acreditava que amigos trazem felicidade, porém, pensava que não bastava encontrá-los de vez em quando para tomar um drinque, por exemplo, ou apenas telefonar para eles, mas dever-se-ia estar permanentemente com eles. Epicuro dizia: “Antes de comer ou beber qualquer coisa, pense em companhia de quem você vai fazer isso, mais do que no que você vai comer ou beber. Alimentar-se sem um amigo é para leões ou lobos.”

2 – Liberdade: Epicuro associava a idéia de liberdade à auto-suficiência, por exemplo, não depender de chefes tirânicos para obter renda. Assim ele e seus amigos decidiram abandonar a vida na cidade, com sua atmosfera de competição e fofoca e passaram a levar uma vida simples, mas com liberdade. Não mais se importavam com a opinião alheia, pois não havia mais laços financeiros.

3 – Vida bem-analisada: Todos devem reservar tempo para a reflexão, para analisar o que os preocupa. As ansiedades diminuem se há tempo para pensar nelas. Mas, para isso, as pessoas deverão se afastar das distrações do mundo comercial e achar o tempo e o local adequados para pensar em suas vidas.

Para Epicuro, os obstáculos para se alcançar a felicidade, definitivamente, não são financeiros, ter muito dinheiro nunca tornou ninguém infeliz, mas aqueles que não têm muito dinheiro, mas tem os três pré-requisitos citados, não terá problemas para chegar à felicidade. Da mesma forma que os que são ricos, mas não têm amigos, auto-suficiência e reflexão, jamais poderão ser verdadeiramente felizes.
Então, se ser feliz é tão simples, por que a maioria das pessoas não é feliz? Epicuro culpava a publicidade, pois faz as pessoas acreditarem que faltam muitas coisas em suas vidas na medida em que cria associações implícitas entre o que quer vender e aquilo que as pessoas realmente necessitam para ser felizes. Dessa forma, as pessoas associam os produtos a sensação de ter amigos, de liberdade ou de resolução de problemas. Para Epicuro, é essa mistura que confunde as pessoas em relação àquilo que querem e, quando estimuladas a comprar por luzes e anúncios coloridos, acabam se esquecendo de seus desejos verdadeiros.
Então, se ser feliz é tão simples, por que a maioria das pessoas não é feliz? Epicuro culpava a publicidade, pois faz as pessoas acreditarem que faltam muitas coisas em suas vidas na medida em que cria associações implícitas entre o que quer vender e aquilo que as pessoas realmente necessitam para ser felizes. Dessa forma, as pessoas associam os produtos a sensação de ter amigos, de liberdade ou de resolução de problemas. Para Epicuro, é essa mistura que confunde as pessoas em relação àquilo que querem e, quando estimuladas a comprar por luzes e anúncios coloridos, acabam se esquecendo de seus desejos verdadeiros.

Fontes de apoio:
Parte 1: http://www.youtube.com/watch?v=FFM45K1Dd9w&feature=related
Parte 2: http://www.youtube.com/watch?v=Ko38K7q1fEM&NR=1
Parte 3: http://www.youtube.com/watch?v=gCL7NmDqtwI&NR=1
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Vamos pensar:
A filosofia de Epicuro parece mais relevante para a sociedade atual do que foi em sua própria época, uma vez que não temos motivos para crer que haja mais felicidade incluída na variedade muito maior de coisas que podemos comprar hoje. Os filósofos não tem dinheiro para pagar publicidade, mas imaginem um mundo em que em vez de estar cercado por anúncios para vender coisas materiais, esses mesmos anúncios lembrassem as pessoas da importância de ter amigos, escapar das armadilhas do cotidiano ou de refletir sobre seus problemas, e não usassem essas verdades para vender perfumes, carros, viagens etc.
Será que sabemos o que realmente nos faz felizes?
Se soubéssemos do que precisamos de verdade, será que conseguiríamos dominar nossos impulsos consumistas?
Boa reflexão.
Adorei o texto. Epicuro descreve a busca da felicidade de uma forma aparentemente bem simples. Mas para a sociedade atual, parece bem mais complicada, já que a publicidade nos leva a consumir cada vez mais, e não sabemos o que realmente nos faz felizes. Confundimos a felicidade, e passamos a achar que ela pode ser encontrada em cada compra nova. O blog está de parabéns! Beijo.
ResponderExcluirConcordo com Epicuro a vida pode ser bem mais simples,prazerosa e feliz com muito menos que imaginamos.Parabéns pelo blog e pela iniciativa.
ResponderExcluirMuito bom o texto! Epicuro não chegou a ser claro de fato qual tipo de prazer defendia. Creio eu que falava dos prazeres da alma, um tipo de prazer mais elevado, porém não negava os prazeres do corpo, já que para ele através do corpo chegamos aos elementos da alma.. De fato, a publicidade institucionalizou ou personificou a felicidade, a roubou de nós e a colocou então como um produto. A felicidade é uma conquista, uma disposição interna e não externa.. Nas pequenas coisas e no cotidiano podemos sim ser felizes! Parabéns pelo Blog! Abraço
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