A experiência - Aristóteles

Aristóteles. A escola de Platão (Academia) teve muitos alunos, mas nenhum tão brilhante quanto Aristóteles. Ele nasceu em 384 a.C, numa colônia grega chamada Estagira, ingressou na Academia aos 18 anos de idade, onde permaneceu por vinte anos, até a morte de Platão. Depois disso foi convidado pelo Rei Felipe para ser professor de Alexandre “o Grande”, quando este tinha apenas 13 anos. Treze anos após a morte de seu mestre, Aristóteles voltou à Atenas e fundou, perto do templo de Apolo Lício, sua escola, que recebeu o nome de Liceu. Ele faleceu aos 62 anos de idade.

Aristóteles entendeu e aplicou os ensinamentos platônicos que defendiam que o cohecimento deveria ser buscado por meio de debates, da conversação e de constantes questionamentos. Tanto foi assim que, após refletir bastante acerca dos conhecimentos por ele adquiridos, acrescentou-lhes o trabalho próprio, fruto de muita observação e de profundas meditações. Escreveu sobre todas as ciências, constituindo algumas desde os primeiros fundamentos, organizando outras em corpo coerente de doutrinas e sobre todas espalhando as luzes de sua admirável inteligência. Não lhe faltou nenhum dos dotes e requisitos que constituem o verdadeiro filósofo: profundidade e firmeza de inteligência, agudeza de penetração, vigor de raciocínio, poder admirável de síntese, faculdade de criação e invenção aliados a uma vasta erudição histórica e universalidade de conhecimentos científicos.

A atividade literária de Aristóteles foi vasta e intensa, como a sua cultura e seu gênio universal. Ele é considerado um dos mais fecundos pensadores de todos os tempos. Suas investigações filosóficas deram origem a diversas áreas do conhecimento. Entre outras, podem-se citar a biologia, a zoologia, a física, a história natural, a poética, a psicologia, sem falar em disciplinas propriamente filosóficas como a ética, a teoria política, a estética e a metafísica. A influência intelectual por ele até hoje exercida sobre o pensamento humano e à qual se não pode comparar a de nenhum outro pensador dá-nos, porém, uma idéia da envergadura de seu gênio excepcional. Criador da lógica, autor do primeiro tratado de psicologia científica, primeiro escritor da história da filosofia, patriarca das ciências naturais, metafísico, moralista, político, ele é o verdadeiro fundador da ciência moderna.

Aristóteles divergiu de seu mestre, Platão, no que diz respeito à premissa fundamental da teoria deste, qual seja: o Dualismo Platônico. Ele discordava da teoria da existência de duas realidades paralelas, uma inteligível e outra sensível. Para ele só havia a realidade sensível, aquela que vivenciamos em nosso dia-a-dia e aquela que está além da experiência sensível não pode ser nada. Para ele, a filosofia pretendia não apenas rever como também corrigir as falhas e imperfeições das filosofias anteriores e somente por meio do saber e da experiência é que se consegue aperfeiçoar as convicções e chegar mais próximo da verdade.
Fontes de apoio:
http://www.mundodosfilosofos.com.br/aristoteles.htm
http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u190.jhtm
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Aristóteles não apenas buscou compreender quase todo o conhecimento existente à época, como também fez uma análise crítica acerca dele e produziu novas teorias. Contudo, sua obra valorizou bastante a experiência.
Será que praticamos esse hábito? Aprendemos com nossas experiências? Por que políticos corruptos são reeleitos? Os mesmos erros são cometidos? Será que dedicamos a devida importância às experiências?
Boa reflexão.
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